" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Durante a guerra,a paz depois da entrega
" Abaixo,o comovente relato da brasileira Maria Cristina Vicente Lewis,que mora em Dallas (EUA).Ela viu o filho servir o Exército Americano,durante a guerra do Iraque e Afeganistão.
Era manhá de inverno e não podíamos sair de casa por causa do gelo.Estávamos no escritório e meu filho navegava na internet.Ele preencheu um formulário e disse que era para obter informações sobre o Exército Americano.Cinco dias depois,recebia a visita de um sargento para uma entrevista.A guerra com o Iraque e o Afeganistão estava a todo vapor.Nas semanas seguintes,todas as tentativas de dissuadi-lo foram em vão.Minha mente e emoções entraram num redemoinho de ansiedade e medo profundos.Parecia que todas as notícias que vinham a mim traziam fotos e histórias de soldados mortos em combate.
Mais tarde,ele assinou contrato para servir o exército.No dia em que ia partir,fui trabalhar.Não queria mostrar tristeza.Era difícil conter as lágrimas.Sentia um aperto no peito e mal conseguia respirar.Era um mau pressentimento e uma angustia pela ideia de perder meu unico filho.
Na volta,saí da rodovia e dirigi para uma livraria cristã para comprar algo para ele.Apesar de ter sido educado na fé cristã,aparentemente meu filho havia abandonado o relacionamento com Deus.Essa era minha maior angustia:que ele fosse levado sem que eu tivesse a esperança de reencontrá-lo na volta de Jesus.
Como ele não podia levar nada,comprei uma corrente com um pequeno crucifixo,que ele colocou no pescoço,junto com a plaquinha de identificação.Disse: - Filho,daqui você só pode levar a certeza do meu amor.Mas muito maior é o amor de Jesus por você.Nunca esquecerei a cena de meu filho cruzando a porta e caminhando acompanhado por um oficial vestido com farda camuflada.Quatro meses se passaram.Era fim do treinamento.Para onde ele seria enviado?
Nessa ocasião,experimentei e compreendi a dependência e submissão a Deus.Entendi que toda a teoria aprendida precisava se tornar prática.Temos que nos render a Deus.Não por resignação,mas por submissão.
Eu me identifiquei com a história de Abraão e Isaque.Durante minha conversa com Deus,coloquei meu unico filho sobre o altar.Porém,minha mente se voltou para a cena do Calvário.Ali estava o filho unigênito de Deus,morrendo na mais terrível batalha.então eu disse: - O Senhor o deu,O Senhor o levou.
A paz tomou conta de mim e me senti livre da dor.Dois dias depois,ele telefonou e disse que foi escolhido para fazer parte da guarda de honra em Washington,DC. Posteriormente,foi para o Quênia e para Djibuti,na Africa.
Voltou para casa em 2009,sem ter estado em campos de combate.Penso na dor dos pais pela ausência dos filhos que nunca voltarão.Pela misericórdia divina fui poupada.
Meu filho voltou salvo da morte da mutilação física.

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